Manacá

Tenho um pé de Manacá na minha varanda e como eu gosto dele!...
É uma avorezinha pequena, mas de tempos em tempos enche de flores que exalam um perfume doce e enfeita minha casa.

As flores do Manacá nascem lilases e morrem brancas. Isso mesmo, nascem lilases e vão mudando de cor da noite para o dia, até ficarem brancas, daí logo morrem.
Nascem intensas e morrem puras.
Vivem para emitir perfume e morrem belas e cheias de pureza como prêmio de quem viveu e fez o seu predestinado papel no universo.

Taí, cou passar a adotar a filosofia do Manacá. Quem sabe quando eu morrer (que demore trocentas décadas), tenha a satisfação de ter feito meu trabalho no universo, daí terei a redenção da naureza e purificada, morrerei feliz.

Foto "Yesterday, Today, Tomorrow", de Van+