O CORPITCHO

Cuca sã, corpitcho sano!

28 novembro 2006

Aline Borboleta


Poucos sabem que eu tenho asas, pois é, eu tenho.

Aérea sempre fui. Lembro que na escola primária a Irmã Angelita (minha professora) sempre me chamava de borboleta quando percebia que eu não estava prestando atenção na aula, o que era praticamente um hábito. Dela e meu. E por incrível que pareça, eu ficava muito triste e quase ofendida por ser chamada de borboleta. Mas é que a Irmã Angelita tinha um jeito muito particular de me chamar de borboleta e soava mesmo como uma grande ofensa. Não havia como não se magoar. Hoje entendo que sou mesmo, meio borboleta. Não é à toa que Ar é meu elemento astral.

Como toda borboleta, antes fui lagarta (ou mandruvá, para o povo de cerrado). Mas não era uma lagarta qualquer não. Era daquelas bem coloridas e exóticas, linda mesmo. Mas achava que a vida era aquilo mesmo. Arrastava meu corpitcho para todo canto, procurava umas folhinhas verdes, comia, comia e estava constantemente insatisfeita comigo e com tudo.

Daí resolvi parar com aquela vida e me retirar por uns tempos, como quem vai para um mosteiro para se encontrar. Parar de procurar o caminho da paz e entender como fazer da paz, o verdadeiro caminho*.

No retiro de mim mesma, conheci o Fred.
De tanto ele insistir que eu era e podia mais do que pensava, resolvi acreditar. Mas não foi fácil. Por um bom tempo, cética, duvidei dele, de mim, de tudo. Limitada, limitada, limitada. Até que resolvi sair daquela clausura e vi tudo de forma diferente, vi de cima, voando. Fredbull total!

Foi aí que as asas nasceram e enfim virei borboleta de vez. Não é que a Irmã estava certa desde o início!?

Para ler ouvindo: "Limitado" do Tianastácia (na fase lagarta) e "Sonho de Ícaro" do Biafra (na fase Borboleta)

Foto: "Minhas Asas", eu por eu mesma.

(*) "Não existe um caminho para a paz, a paz é o caminho." - Mahatma Ghandi

1 Comments:

  • At 12:52 AM, Blogger Fred Neumann said…

    Oi, querida linda que amo tanto,

    Para conhecer a borboleta mais linda de todos os tempos, eu que precisei tirar minhas limitações, e me expor a você, para que eu conseguisse subir em suas asas e voarmos juntos, sempre.

    Te amo mais do que ontem, menos do que amanhã,

    Fred

     

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