O CORPITCHO

Cuca sã, corpitcho sano!

29 novembro 2006

Mais um dia


Acordo com sono ouvindo choro do filho, olho as horas e não são nem 4:30. Ligada no automático, pégo o menino, que chora por uns 20min e o coloco em minha cama. Ele dorme e eu também. Acordo novamente, atrasada. Vou ao banheiro, saio vou à cozinha dou bom dia à ajudante, entro no banho sem tempo para deixar a água quente escorrer pelos ombros que estão doloridos (dormi de mal jeito?). Shampoo, sabonete, condicionador, penteia cabelo, passa gilete. Toalha na cabeça e roupão. Desodorante aqui, creme ali, perfume lá. Escolhe saia que combina com blusa, que combina com brinco, que combina com blaser, que combina com salto, que combina com bolsa que combina com tudo. Escovo e prendo cabelo. Sento e tomo o café com leite, com pão, com requeijão. Escovo os dentes de olhos fechados para não ver as sombrancelhas que precisam de uma pinça. Pego a bolsa, o celular, a chave, o blazer, corro para o carro, passo batom enquanto prendo o cinto. Dirijo sem trânsito, canto duas canções, dou quatro voltas até achar uma vaga. Ligo computador antes de descansar a bolsa e antes de ler os e-mails, atendo um cliente, depois outro, atrás de outro. Faço uma, duas, três ligações e quando vejo a manhã se foi. Saio para encontrar o marido para o almoço que é em casa, mas é corrido. Salada, carne, arroz, legumes, suco. Define coisas da casa, da empregada, da babá, do filho, da festinha de aniversário. Rio das gracinhas e beijo o filho. Escovo os dentes e volto para o escritório. Fecho as portas para me concentrar no trabalho. Contrato, carta, e-mail, processo. Páro e faço um chá que não bebo, pois esqueci. Pégo papelada e corro para o fórum. Cópia, protocolo, processo, juíz. Encerro o expediente antes da hora achando que poderei descansar. Chego em casa, troco de roupa, solto os cabelos, calço as havaianas e despeço da babá. Resolvo aproveitar a luz do dia para passear com o filho. Vamos à locadora e escolhemos um filme cada um (mesmo sem esperanças de ter pique de assistir o que eu aluguei). Passeamos na praça, observamos as crianças, os vira-latas, as árvores, os pássaros e o céu. Voltamos e preparo jantar enquanto a TV distrai o menino. Sentamos para comer e vejo que ele achou um chocolate e comeu todo... como sozinha pois o menino não tem mais fome. Depois do jantar coloco o filme (o dele) para assistir. Depois que acaba, assistimos tudo novamente. Já são 22h e vou colocar o menino para dormir que quase se rende ao sono quando o pai chega e quer abraçá-lo. Já são mais de 23h e estamos todos acordados. Resolvi me dedicar ao blog o qual ando em falta, mas que ainda não vai se completar, pois exausta não quero mais nada além de deitar. Meu filho chora no berço por longos minutos, se negando a dormir e grita meu nome até a exaustão, até que vou buscá-lo para deitá-lo em minha cama. Rendo-me ao sono enfim.

28 novembro 2006

Aline Borboleta


Poucos sabem que eu tenho asas, pois é, eu tenho.

Aérea sempre fui. Lembro que na escola primária a Irmã Angelita (minha professora) sempre me chamava de borboleta quando percebia que eu não estava prestando atenção na aula, o que era praticamente um hábito. Dela e meu. E por incrível que pareça, eu ficava muito triste e quase ofendida por ser chamada de borboleta. Mas é que a Irmã Angelita tinha um jeito muito particular de me chamar de borboleta e soava mesmo como uma grande ofensa. Não havia como não se magoar. Hoje entendo que sou mesmo, meio borboleta. Não é à toa que Ar é meu elemento astral.

Como toda borboleta, antes fui lagarta (ou mandruvá, para o povo de cerrado). Mas não era uma lagarta qualquer não. Era daquelas bem coloridas e exóticas, linda mesmo. Mas achava que a vida era aquilo mesmo. Arrastava meu corpitcho para todo canto, procurava umas folhinhas verdes, comia, comia e estava constantemente insatisfeita comigo e com tudo.

Daí resolvi parar com aquela vida e me retirar por uns tempos, como quem vai para um mosteiro para se encontrar. Parar de procurar o caminho da paz e entender como fazer da paz, o verdadeiro caminho*.

No retiro de mim mesma, conheci o Fred.
De tanto ele insistir que eu era e podia mais do que pensava, resolvi acreditar. Mas não foi fácil. Por um bom tempo, cética, duvidei dele, de mim, de tudo. Limitada, limitada, limitada. Até que resolvi sair daquela clausura e vi tudo de forma diferente, vi de cima, voando. Fredbull total!

Foi aí que as asas nasceram e enfim virei borboleta de vez. Não é que a Irmã estava certa desde o início!?

Para ler ouvindo: "Limitado" do Tianastácia (na fase lagarta) e "Sonho de Ícaro" do Biafra (na fase Borboleta)

Foto: "Minhas Asas", eu por eu mesma.

(*) "Não existe um caminho para a paz, a paz é o caminho." - Mahatma Ghandi

25 novembro 2006

Torrada dourada


O dermatologistas devem me odiar por dizer isso, mas o fato é que eu adoro me torrar no sol. Semana passada percebi que fico ainda mais feliz com um belo brozeado do que com alguns quilos perdidos.

Fui à praia (o que já é uma delícia) e fiquei estirada ao sol cozinhando feliz, sentindo uma brisa leve fresca vindo do mar. Totalmente a mercê do astro-rei.

Claro que tomo alguns cuidados. Antes do sol tomo vitamina de cenoura, beterraba e laranja para estimular a melanina e durante, uso protetor solar, protetor labial, água e muito hidratante depois do sol. Mas confesso que peco bastante ficando longas horas exposta como um lagarto. Não me importo. Estou feliz!


Ouvindo: "Garota Dourada" do Pepeu Gomes
Foto de Marcão

13 novembro 2006

Curva acentuada

Recentemente sobrevivi a uma intoxicação alimentar que me fez quase virar o estômago ao avesso. Pensei que sem dúvida haveria alguma anorexica que faria de tudo para estar no meu lugar e se fosse possível, eu trocava mesmo.

Enfim, perdi à força uns quilinhos que foram suficientes para aparecer novamente minha cintura. Pra alguma coisa o meu martírio no banheiro serviu!

É claro que alguns pneus persistem para não negar meu padrão renascentista (há quem diga que é exagero meu), mas nem ligo tanto para eles.

Só sei que... EU TENHO CINTURA, UHUUUU!!!!!! Não chega a ser um ampulheta, mas um violão com certeza.

Vou chamar o Fredão para tocarmos uma música!

09 novembro 2006

Olho Rasgado

Olho rasgado
Gol emplacado
Beijo congelado

Pele quente
Íris deferente
Coração ardente

Na Palavra, um dom
No ouvido, um som
No braço, o Tom

Teu corpo, templo
Mais longo, tempo
Tristeza, no vento.



Ao meu amor Fred que é sem dúvida a inspiração divina dos meus dias encantados.